domingo, 10 de abril de 2011

Alvorada mexicana

Zocalo ao amanhecer

 Electricistas em greve
Mural de Diego Rivera no Palácio Nacional

Catedral
 
Paseo de la Reforma

Bosque de Chapultepec


 Cidade do México, Julho de 2010


Primeira noite em território mexicano no imponente Hotel Meliá em pleno Paseo de la Reforma.

O jet lag fez-se sentir de imediato e nem o cansaço da viagem fez com que dormisse para além das 5.30 da manhã. Estou completamente desperto e desejoso por explorar a Cidade do México pelo meu próprio pé.

Silenciosamente abandono o quarto, mas ao alcançar a porta do hotel apercebo-me que às 6 da manhã ainda é noite cerrada por aqui.

Como eu e a Cidade do México mal tínhamos sido apresentados, e sua fama não é a melhor, decido não arriscar. Faço um aquecimento deprimente na passadeira do ginásio do hotel esperando que os primeiros raios de sol irrompam o céu.

Mal estes aparecem, saio porta fora.

A cidade está a 2.000 metros de altitude e sinto o ar frio. Algo que não estava à espera durante umas férias de Verão. Sigo para um passeio repleto de história.

Operários da construção civil aglomeram-se junto às suas obras a beber uma espécie de sopa. Outros mais destemidos optam pelas barracas de tacos.

Sigo em direcção ao Zocalo. A praça central da cidade. E deparo-me com uma enorme manifestação de electricistas. Palavras de ordem contra o Presidente. Muitos pareciam andar nesta luta há dias. Os sindicatos mexicanos são fortes e movimentam milhares.

No centro da praça uma gigante bandeira dos Estados Unidos Mexicanos move-se lentamente ao sabor de ligeiras brisas matinais.

Contorno a praça junto ao Palácio Nacional onde residem os fabulosos murais de Diego Rivera. Adiante as ruínas do Templo Mayor Azteca. Ao lado a fabulosa Catedral. 500 metros repletos de história.

Regresso em direcção ao Bosque de Chapultepec (colina de gafanhotos). Subo o Paseo de La Reforma em passo mais acelerado e a altitude fazer-se sentir pela primeira vez. A respiração fica mais difícil de controlar e os meus pulmões ficam subitamente mais limitados. Alcanço o bosque pintado a vários tons de verde e mergulho num espaço de imensa calma. Outrora refúgio dos Aztecas, este bosque era um autêntico viveiro de serpentes e principal fonte de abastecimento de água à cidade antiga. Dizem que é o maior parque da América Latina. Mas o tempo era escasso e pouco mais pude fazer do que voltar a descer o Paseo de la Reforma em ritmo de prova.

5 comentários:

Ingrid disse...

Milton,
Fotos lindas e uma texto em forma de poesia.
Viagem espetacular, literalmente descoberta a cada passada.
Abraço... Ingrid
http://ingridrunning.blogspot.com/

Anónimo disse...

Milton,
Mesmo com a anunciada violência nas ruas do México, você não deixou de correr e conhecer os principais cartões postais do lugar.
Sei que qualquer dia você estará no Brasil e, quem sabem, em Recife, Pernambuco.
Grande abraço!
Gilmar

Milton disse...

Ingrid, obrigado por mais uma visita! Vejo que também já estás plenamente recuperada da lesão! Bons treinos!

Gilmar, não senti insegurança nenhuma na Cidade do México. Também tinha a ideia de ser uma cidade caótica e violenta. Mas tem muitos pontos de interesse e há mtos polícias espalhados pela cidade. E sim, certamente que um dia vou participar num treino da ACORJA em Recife. E motivos para aqui escrever não vão faltar. A cobertura fotográfica ficará da tua responsabilidade. :)

Equipe Cuca. Cuca é um nome de uma cerveja famosa em Angola, onde vivo agora. Seria um belo patrocinador da vossa equipa. :) Quem sabe poderiam fornecer os líquidos durante os treinos! : Brincadeira! Sejam bem-vindos.

Um abraço a todos!
Obrigado,
Milton

Sarah disse...

http://desabafossoltos-sarah.blogspot.com/

Visita o meu tb.

Beijinhos

Milton disse...

Thanks Sara!
Vou mesmo dar uma vista de olhos.
Bjs

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